9,7 mi de pessoas não seguiram nenhuma medida de restrição em outubro
O aumento da flexibilização do distanciamento social visto pela
movimentação de pessoas nas grandes metrópoles pode ser comprovado pelos
dados da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), divulgada nesta terça-feira (1º/12). O número de cidadãos que
não tomou nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo
coronavírus aumentou 3,3 milhões em um mês. E em outubro chegou a 9,7
milhões de pessoas, ou seja, 4,6% dos 211,5 milhões de residentes no
país.
A maioria dos brasileiros, ou
seja, 93,8 milhões, afirmou que reduziu o contato com outras pessoas,
mas continua saindo de casa e recebe visitas. Esse número também
aumentou de setembro para outubro.
Na
contramão, o grupo de pessoas que aderiu o isolamento social mais
rigoroso caiu. Cerca de 8,2 milhões de pessoas deixaram de seguir esse
tipo de isolamento na comparação de setembro para outubro. De um mês
para o outro também houve redução no grupo que ficou em casa e só saiu
em caso de necessidade. Em outubro, 80,7 milhões de pessoas aderiram a
essa postura, 4,6 milhões a menos do que em setembro.
Para
os infectologistas, a postura da sociedade diante das medidas de
proteção é a principal responsável pela segunda onda de covid-19 e o
aumento de casos vistos nas últimas semanas epidemiológicas. Ao comparar
a última semana encerrada (48ª) com a anterior (47ª), houve aumento de
33.659 casos confirmados, ou seja, um acréscimo de 16,5%. Além disso, os
óbitos pela covid-19 também sofreram acréscimo de 7,2% entre uma semana
e outra.
Testes
A
edição de outubro da PNAD Covid-19 ainda constatou que o número de
pessoas que realizaram algum teste para o diagnóstico da covid-19 subiu
para 25,7 milhões em outubro, ou seja, 12,1% da população brasileira. Em
setembro, esse número foi de 21,9 milhões de pessoas.Depois de realizar
o exame, 22,4% das pessoas receberam o diagnóstico positivo, ou seja,
5,7 milhões de brasileiros.
Ao observar o nível
de escolaridade, é possível notar que quanto maior o nível, maior é o
percentual de pessoas que testaram para a covid-19. Aqueles com superior
completo ou pós-graduação representam 25% das pessoas que testaram em
outubro, já as pessoas sem instrução ou fundamental incompleto
representam apenas 6,6% dos testes.
Em relação aos testes por grupos de idades, as pessoas de 30 a 59 anos foram as que mais testaram em outubro.
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