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Vaqueiros protestam contra decisão do STF de pôr fim às competições

Vaquejadas foram proibidas no Ceará. Foto: Abvaq/divulgação

Vaqueiros de todas as partes do Nordeste se manifestarão, nesta terça-feira (11), contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A corte decidiu pôr fim às competições de vaquejada no estado do Ceará. Embora trate de um caso específico, a medida cria jurisprudência e abre caminho para que a festa seja proibida em outros estados do País, como Pernambuco, onde é tradicional.
Com faixas, cartazes, caminhões e cavalos, os vaqueiros pretendem chamar a atenção da opinião pública, dos governos e da Justiça. No Recife, a concentração ocorreu às 7h, em frente ao Jockey Clube de Pernambuco, no Prado, Zona Oeste da Capital. De lá, seguem em direção ao Palácio do Governo, na área Central.
Na tarde da última segunda-feira (10), representantes da Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq) foram recebidos pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) de Defesa do Meio Ambiente, promotor André Felipe Menezes, para discutir o assunto. “Eles manterão a posição atual até que saia uma votação do STF.

 Atualmente, temos um acordo de bem-estar animal e só quem segue pode fazer um evento”, comemorou um dos sócios da Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq), Paulo Cavalcanti. O STF aponta como “manifestação extremamente agressiva contra os animais” a tradição cultural nordestina na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela calda.
“Vou lá, manifestar o meu sentimento de injustiça. Fomos julgados por pessoas que nem conhecem a nossa realidade. O STF não fez a conta do desastre que vai cair sobre toda a economia nordestina, do setor primário ao terciário”, analisou um dos membros da Abvaq, Mauro Galindo, vaqueiro há mais de 35 anos no município de Bonito, Agreste pernambucano. 
Juntos, Pernambuco e Ceará têm mais de 700 provas cada um, com prêmios de até R$ 300 mil. São cerca de quatro mil provas por ano só no Nordeste, de acordo com dados da Abvaq. A instituição chama a atenção de que 600 mil empregos diretos no Nordeste seriam afetados com essa decisão.
Da Central de Jornalismo Blog Coisa Nossa
Com informações da Folha PE

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