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[SALA DE LEITURA] Passado que me traz saudades...

Sim, tenho muita saudade das coisas de antigamente. Essas, que ficam na memória e temos a plena certeza que jamais voltarão. Os domingos, as festas, a comida, cada aroma e pensamento...detalhes que ficaram marcados.

Sim. Tudo era bem simples. Que falar do dia de domingo. Quanto se perdeu quando se acredita que tudo se ganhou. O bom era o domingo da família, nos sítios e nas cidades pequenas. Os banhos de açude, as praças lotadas, calçadas... os programas de TV que caracterizavam esse dia. Os Trapalhões, Qual é a Música...Porta da Esperança...Show de Calouros...é muita saudade de antigamente. No rádio, a Rádio Difusora transmitia a Santa Missa e toda uma programação especial. Grandes sucessos embalavam esse tempo. Na hora do almoço, não podia faltar uma farta macarronada com galinha à cabidela...

Nas tardes, as redes sociais se estabeleciam: cadeiras colocadas nas calçadas; bancos de praças, alpendres e varandas, janelas...não se tinha medo da vida nem de se viver. Éramos felizes, muito felizes...éramos. Hoje, apesar do tudo temos nada, se foi a alegria e ficou a desconfiança. Quem sabe se um dia tudo volta? Ou... Outras gerações possam resgatar o Ser Humano e retirar essa ameaça  constante de uma possível extinção...quem dera voltar aos domingos do meu passado, desses que dá vontade de chorar só de pensar...
As pessoas eram mais felizes. Não tenho dúvida disso. Não existia o pavor hostil da violência que assola. Tudo tinha seu tempo certo – inclusive as chuvas. Hoje está  tudo modificado: quase não se vê sorriso sincero de felicidade. Se cuida da estética e se esquece da alma. As crianças grudadas em seus smartphones desconhecem o que é jogar bola de gude, queimada, toca, barra-bandeira...

Tenho muita saudade desse passado. Não tínhamos muito, mas o suficiente para saciar qualquer ansiedade por felicidade sincera e pura. Ríamos de tudo sem malícia. Hoje, qualquer coisa é bullyng, numa geração enfraquecida que esconde sua fragilidade em “direitos” e “leis”. Filhos que respeitavam os pais; alunos que devotavam seus professores: palmatória, palmadas – todos levavam e ninguém sofria qualquer trauma. A libertinagem e uma obscura mentalidade de direitos corroeu essa essência de formação e a família virou bijuteria, de irrisório valor.


Queria muito ver parte do passado de volta. Quem sabe, a paz, a tranquilidade, o sorriso, o respeito. Quem sabe, as próximas gerações possam, enfim, rever seus conceitos e trilhar o caminho de volta. 

José Batista Neto

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