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Minha São Joaquim

Na Aba de uma Serra...


Na metade do século XVIII Algumas famílias já habitavam a região onde hoje está edificada a cidade de São Joaquim do Monte. À época, seus moradores viviam nas chamadas “terras do Rei”. Suas moradias eram rudes e distantes uma das outras.

Tratava-se de uma região coberta de florestas e cortada por riachos perenes. As terras do Rei, as daqui, pertenciam ao município de Bonito, o empório mais importante do Agreste, haja vista, que para a cidade de Bonito, se dirigiam comerciantes das regiões mais longínquas afim de se abastecerem de viveres de primeira necessidade ou para venderem seus produtos agrícolas.

Até o ano de 1890, o local onde hoje está edificada a cidade de São Joaquim do Monte, eram Três propriedades onde ja viviam algumas famílias, pertencentes, essas terras, ao município de Bonito e de propriedade dos Senhores, Capitão Manoel Antônio, português de origem, Manoel Caetano da Costa e Manoel Quintino dos Santos
As três propriedades formavam uma região conhecida por Aba da Serra onde, mais tarde surgiria o povoado de São Joaquim.

 1-As terras de propriedade do Capitão Manoel Antônio, ficavam na parte denominada “Conceição” junto das larjinhas, local onde foi construída a Barragem Caianinha. Lá, o Capitão fixou residência.

2-Já as terras de Manoel Caetano da Costa, começavam mais ou menos onde foi construído o açougue público, no início da Av. Estácio Coimbra descendo em direção a região onde foi construido o hospital e o primeiro posto de gasolina. Décadas depois, essas terras, tornaram-se propriedade de José Joaquim de Melo, o José Gameleira.

3-Manoel Quintino dos Santos adquiriu a propriedade conhecida por Monte, onde construiu sua casa no lugar onde hoje é o sobrado do ex-prefeito Barnabé Monteiro. A casa foi construída de maneira estratégica a margem da estrada que levava à Bonito. A mesma estrada que nos dias de hoje sobe em direção ao Santuário do Frei Damião.
povoado nasceu nas terras da propriedade conhecida por Monte, pertencente ao Sr. Manoel Quintino dos Santos. Faixa de terra que descia o monte e se estendia até aonde hoje é o açougue público. Ali existia uma porteira dividindo as propriedades.
Curiosamente, a povoado nasceu e se expandiu descendo pela rua que hoje homenageia Manoel Franklin indo em direção a estrada que levava à região do Caiana e a Currais, hoje Alto Bonito.


A construção da casa que deu origem ao povoado.

Conta a história, que o Senhor Manoel Quintino que residia com a família em Lagoa de Dentro,  propriedade rural que deixou para sua filha Raimunda e para os demais filhos, em 1890, construiu uma casa à margem da estrada, à época, muito movimentada e caminho obrigatório para a cidade do Bonito. A mesma estrada que hoje sobe a conhecida Rua do Clube em direção ao Santuário do Frei Damião. 
Manoel Quintino havia construído uma casa ampla. Nela, havia uma bodega(mercearia) e uma estribaria(uma espécie de cocheira). Os sertanejos que se dirigiam para Bonito com seus animais carregados, finalmente, tinham onde descansar em segurança, fazer uma rápida refeição, banhar e alimentar seus animais próximo a uma cachoeira que ali existia. Os que vinham ao cemitério visitar seus mortos também faziam paragens por ali.


Conta a história também, que, construída a primeira casa, em poucos anos (1891/1896) surgiu o povoado com o nome de São Joaquim.
Era dado ali, talvez até de maneira inconsciente, o início da edificação da cidade e, consequentemente à formação do atual território municipal.
Para que isso acontecesse, outras casas foram construídas ao lado da residência do Sr.  Manoel Quintino dos Santos, nas terras de sua propriedade.
No mínimo, uma permissão teria que ser dada para que alguém construísse uma casa ao lado da do proprietário daquelas terras. Foi certamente, dada essa permissão com um único objetivo,o de povoar a localidade.
Tudo levar a crer que o dono da propriedade conhecida por Monte, doou ou vendeu os terrenos para que mais casas fossem ali construídas. Por isso, é atribuído ao Sr. Manoel Quintino dos Santos afundação do Município de São Joaquim do Monte.


A Cólera e o 1º cemitério:

  Em 1850, chegou a nossa região, trazida, provavelmente, por viajantes contaminados vindos do litoral uma epidemia de Cólera, doença, na época, desconhecida e de fácil transmissão, caracterizada por diarréia aquosa abundante, vômito e câimbras nas pernas.
     As primeiras vítimas da doença foram levadas em redes para serem enterradas no cemitério da cidade do Bonito, como era feito, sempre que alguém ia a óbito na região. Feita a primeira viagem, aquelas pessoas cansadas da difícil caminhada se depararam com outros corpos prontos para serem enterrados. Foi quando decidiram aqueles senhores, cercar uma área erma de terra, onde hoje está edificada a torre da Matriz e a estátua de Frei Damião, onde improvisaram um cemitério, haja vista, não haver condições de voltarem a Cidade Mãe, no mesmo dia para enterrarem seus entes queridos vítimas do Cólera. Assim surgiu o primeiro cemitério do lugar.

A Cólera.
A primeira aparição de Cólera no Brasil, ocorreu na década de 1820 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Em 1855 mais de 200 mil pessoas morreram vítimas da doença somente naquela cidade.
Com pouco conhecimento sobre a doença, ela era tratada com dieta a base de café e cachaça.

Atual Cemitério.
O atual “Campo Santo” batizado de São Bento foi inaugurado em 1939 na gestão do prefeito Pedro Sérgio de Menezes.

Construção de uma Capela mais ampla

            Numa missa domingueira no ano de 1913, o missionário Frei Epifânio anunciou a ampliação da capela e para isso teve-se que transferir para outro local o cemitério, que ficava onde hoje está edificada a torre da Matriz e a estátua do Frei Damião.O que somente aconteceu em 1939.

O generoso José Gameleira doou todos os tijolos necessários para a ampliação, como também toda a madeira. E ainda emprestou seus carros-de-boi, para o transporte dos materiais para o local da obra.
As obras de ampliação da Capela se encerram no ano de 1915, tendo sido, a sua inauguração, portanto, realizada no dia 06 de janeiro de 1916 em comemoração a festa dos Reis Magos

 A nossa igreja vinculada à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Bonito que pertencia à Província Eclesiástica da Arquidiocese de Olinda e Recife, pontificando, como Arcebispo, Dom Miguel de Lima Valverde.
  Fundamentado no parágrafo 3º do Cânone 454 do Código de Direito Canônico, Dom Miguel Valverde exarou Decreto pelo qual decidiu “Criar uma nova Paróquia no município do Bonito, elevando à categoria Paroquial a Capela de São Joaquim do Bonito”. Isso aconteceu em 24 de dezembro de 1929.

Foi o Padre Clímaco que comandou a última reforma na nossa matriz.


Altar mor

            Sob a administração do Pe. Viana – Tio de Geraldo Menezes que é filho do ex-prefeito Severino Menezes – foi realizada a inauguração do Altar Mor da nova Matriz, em 27 de novembro de 1931. Também neste ano foi doado por José Vitorino de Carvalho - Zuza Vitorino um Sacrário de ferro onde seria guardado o “Santíssimo” na nova Igreja Matriz.

Imponente, todo em mármore foi doado por Zuza Vitorino, José Vitorino de Carvalho, que falecera inesperadamente, sendo a promessa cumprida pela viúva Dona Doninha.

Como foi instituído o Mês Mariano?

Foi Padre Viana que instituiu o mês Mariano em 1931, iniciando-se, desde aquele ano, a prática sacrossanta dos “noiteiros do mês de maio” assim chamadas as famílias que patrocinam as celebrações das noites de maio, dedicadas à Mãe de Jesus, até os nossos dias.


São Joaquim torna-se CAMARATUBA.

Em 31 de dezembro de 1943, o município de São Joaquim passou a denominar-se CAMARATUBA, por haver no Sul do país uma cidade com o mesmo nome (tal fato se deu 15 anos depois de sua emancipação com pendência).
Contudo, por qual motivo foi escolhido o nome de CAMARATUBA?
Havia na região em fartura, uma planta nativa, da família das verbenáceas por nome CAMARÁ, também chamada CAMBARÁ.

Com a junção do verbete TUBA, elemento de origem Tupi que denota abundância. Daí surgir o vocábulo Camaratuba, nome da localidade, numa alusão inconteste à abundância de camará naquela região.  Por um período de apenas 5 anos São Joaquim foi chamado de Camaratuba.


Nasce São Joaquim do Monte

Muito embora tenha mudado de nome, só através de documentos e anúncios oficiais sabia-se que essa localidade se chamava Camaratuba. Toda região, assim como os próprios moradores continuavam a chamá-la de São Joaquim. Não é que não gostaram do novo nome, é que já estavam acostumados ao antigo. Pensavam as autoridades da época, o que fazer para solucionar o problema.

Em 31 de dezembro de 1948, decidiram que o município de CAMARATUBA passaria a denominar-se SÃO JOAQUIM DO MONTE, visto que, o povoado de São Joaquim nasceu aos pés da “Fazenda Monte”.
De São Joaquim para Camaratuba. Lei estadual nº 952 de 31/12/1943.
de Camaratuba para São Joaquim do Monte. Lei estadual nº 416 de 31/12/1948.

 Fonte: Pesquisa Web