SALA DE LEITURA: O Clima no Hospício
José Batista Neto
É consenso que mudanças climáticas estão em curso. Não existem brechas para divergências. Tomemos por recorte o Leste de Pernambuco, que recebe volumes consideráveis de chuvas de modo atípico, em pleno novembro. Boa parte, em forma de pancadas fortes, acompanhadas de rajadas de vento, raios e trovões.
Esse pacote de “loucura climática” é de modo inegável, uma das sombras das consequências do modo em que o Planeta foi tratado desde a industrialização e até então. Biomas, florestas, árvores extintas. Cidades crescendo de modo desenfreado à custa de aterros, asfalto, edifícios. O Homem avançou e muito o sinal e os sinais agora não são nada favoráveis. A COP27 no Egito será decisiva no tratar dessas urgências e providências para se evitar o pior, já que não é possível reverter alterações em andamento, em especial nos fenômenos climáticos extremos, como tempestades violentas e secas esturricantes. A fome há de se espalhar sistematicamente e a escassez de água potável atingir níveis críticos.
Essa abordagem que soa “apocalíptica” não é resultado de moções pessoais, mas das observações no cotidiano. Da janela é possível perceber que a climatologia terrestre capenga, desvairada na loucura imposta por um habitante chamado “Ser Humano” e envolvendo todas as formas vivas.
Sobreviver será estar em irremediável conflito.
Publicado por Antônio Oliveira - Redação BCN - o Blog da Terra da Romaria!
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