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PANDEMIA: Nova cepa tem 8 vezes mais mutações que as demais variantes de preocupação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que o Brasil adote restrições de voos a seis países africanos. 




A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou hoje que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio. A OMS aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção.

"A ômicron tem um conjunto de mutações em número inédito na proteína Spike: são 32 alterações entre mutações e deleções, sendo dez na região RBD [principal sítio de ligação às células e um dos principais alvos de anticorpos]. Nas demais variantes de preocupação, esse número de mutações [na Spike] fica entre três e quatro", explica. 

Hoje, as vacinas já criadas contra a covid-19 têm como alvo justamente a proteína Spike, que reveste o coronavírus. Ela é associada à capacidade de entrada do vírus nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos. Foram mutações nessa proteína, por exemplo, que tornaram a delta mais contagiosa. Segundo a OMS, a nova variante é a mais "significante" detectada até agora e tem alto potencial de propagação. Ela foi descoberta originalmente na África do Sul há duas semanas (com 22 casos) e já circula em alguns países do mundo. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que o Brasil adote restrições de voos a seis países africanos. 

"A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras variantes", diz informe do do Grupo de Aconselhamento Técnico sobre a evolução do vírus SARS-CoV-2, logo após a classificação da OMS. O documento afirma ainda que há uma evidência de que ômicron é capaz de transmissibilidade do vírus, como foi visto na África do Sul. "Nas últimas semanas, as infecções aumentaram abruptamente, coincidindo com a detecção da variante ômicron. A primeira infecção confirmada conhecida foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021."

No continente africano, apenas 7% dos habitantes estão totalmente vacinados —o que facilita o surgimento e a disseminação de novas variantes. A nova variante preocupa a OMS. Além disso, países da Europa, por exemplo, já fecham suas fronteiras para tentar conter a disseminação da nova cepa. A Bélgica detectou hoje o primeiro caso da nova variante na Europa.

"O que impressiona nesse número [de mutações na ômicron] é que denota uma taxa de evolução acima daquela que vínhamos observando, similar ao que vimos no final do ano passado", explica Spilki. Para o virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia e que coordenou a descoberta da variante gamma, o mundo deve acompanhar com muita atenção as informações sobre a nova variante. "Ela tem esse número muito grande de mutações na Spike, incluindo diversas já apontadas como mutações de preocupação. Além disso, ela já foi associada a um aumento de casos nas localidades onde foi encontrada", diz. 

 "Esse resultado é mais um que mostra a importância da vigilância genômica, especialmente em um contexto pandêmico e como não podemos nos enganar achando que a pandemia acabou." Felipe Naveca, virologista.

Publicado por Antônio Oliveira - Redação BCN - o Blog da Terra da Romaria!
Fonte: UOL Notícias

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