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PANDEMIA: Cepa P.1, do Amazonas, começa a se transformar de forma ainda mais perigosa




Apesar de já serem esperadas pelos pesquisadores e médicos, as mutações do novo coronavírus desafiam a sociedade a vencer a pandemia da Covid-19. Em um cenário de descontrole de transmissão, como o visto no Brasil, o vírus encontra o ambiente perfeito para se espalhar e, ainda que de maneira aleatória, sofrer modificações. Por vezes, evolui de forma a driblar as defesas do corpo humano e se torna mais transmissível e até mais letal. A variante originária do Amazonas, P.1, já é considerada uma das mais graves pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em pouco mais de quatro meses desde a aparição, responde, em algumas cidades do Brasil, pela maior parte dos novos casos registrados.

Para piorar, cientistas começam a identificar novas variações da própria P.1, com potencial de comprometer, ainda mais, a resposta imune contra o vírus. Cientistas da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram alterações inéditas do tipo deleção (perda de material genético) e inserção (acréscimo de aminoácidos) na estrutura da proteína Spike (S), conhecida também como espícula. Segundo o pesquisador e virologista Felipe Naveca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leônidas & Maria Deane, da Fiocruz Amazônia, essa mudança tem potencial de neutralizar os anticorpos.

“Essas mutações podem fazer com que os anticorpos não reconheçam mais a partícula viral, sendo mais um mecanismo de escape do vírus. Se continuar prosseguindo, pode impactar não só em um processo de reinfecção, mas até afetar futuramente as vacinas. Não é o que acontece hoje, pelo que temos de informação, mas é uma preocupação e não sabemos as consequências disso mais para frente”, alerta Naveca. Essa nova evolução já foi sequenciada 15 vezes, 11 apresentando deleção e quatro, inserção.

Por si só, a P.1 já é uma evolução do Sars-Cov-2 com aprimoramento também na proteína S, mais precisamente no local onde o vírus se liga às células receptoras humanas. “Imagine que você tenha uma porta que dá acesso ao interior da célula e a fechadura é esse receptor humano, conhecido cientificamente como proteína ACE2. O vírus tem a proteína Spike, que seria a chave. No início, era uma chave malfeita, que tinha dificuldade para abrir a fechadura. Hoje em dia, essa chave está perfeita e abre cada vez mais fácil”, traduziu Naveca.


Blog Coisa Nossa Pernambuco
Com informações do Diario de Pernambuco

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