COVID-19: Médicos desaconselham festas de Natal e janeiro pode ser duro e sombrio
Com uma mutação em andamento, vacina ainda incerta e uma segunda onda em andamento, médicos infectologistas desaconselham reuniões de Natal e Ano Novo. De acordo com especialistas, a falta de um esforço e sacrifício maior nesse período pode culminar numa saturação dos hospitais e crescimento de óbitos por complicações da COVID-19.
O médico infectologista Carlos Starling explica que a Covid-19 tem um período de incubação de cerca de cinco dias. "Logo, já na primeira semana de janeiro, começam a aparecer os primeiros casos resultantes do final de ano. Os primeiros casos vão ser internados por volta do dia 15. O mês de janeiro vai ser muito complicado mesmo, a perspectiva é ruim. Esperamos que isso não aconteça e confiamos no bom senso das pessoas de não organizarem eventos de final de ano", diz.
De acordo com o médico infectologista Estevão Urbano, se as pessoas não se conscientizarem, em janeiro a cidade terá um alto número de mortes e um cenário de saturação dos hospitais, que já registram altas taxas de ocupação. "Não vamos fazer festas de despedida por falta de empatia e resiliência, vamos ter muitas festas pela frente e as pessoas precisam estar vivas para comemorar", conclui.
Ele alertou que "os protocolos são muito bonitos no papel. Mas, depois da primeira taça de vinho, não são cumpridos".
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