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CORONAVÍRUS: Suspeita de vírus desembarcou no Aeroporto do Recife

Passageira de 51 anos esteve na Itália, país que registrou a doença. Ela foi encaminhada ao Hospital Oswaldo Cruz, referência no estado.



Uma mulher com suspeita do Covid-19, o novo coronavírus, desembarcou em Pernambuco, nesta terça-feira (25), no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A paciente tem 51 anos de idade e esteve na Itália. Também nesta terça, o país europeu confirmou mais quatro mortes devido à doença, totalizando 11 vítimas fatais no país.

“Chegou um caso que se enquadra na definição de suspeito. Se ampliou recentemente a definição de caso suspeito. Antes, falávamos da Ásia, agora falamos também da Europa. Essa paciente estava em deslocamento na Europa, na região de Milão, e veio para o Brasil via São Paulo, onde fez uma escala. Ela chegou ao Recife com alguns sintomas que se enquadram na nova definição de caso suspeito para a doença”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O avião em que veio a paciente partiu do estado de São Paulo e pousou na capital pernambucana às 15h50. Até a tarde de segunda-feira (24), o Ministério da Saúde monitorava três casos em São Paulo e um no Rio de Janeiro. À noite, foi divulgado pelo governo federal um possível caso positivo de coronavírus na capital paulista e, agora, o caso vai para o Instituto Adolfo Lutz para contraprova.

A mulher, segundo a filha - que pediu para não ser identificada -, viajou para a Europa no dia 13 de fevereiro para fazer um curso e, além da Itália, passou pela Espanha, país que também confirmou um caso nesta terça-feira (25). No dia 18, começou a sentir os primeiros sintomas do que pode vir a ser o Covid-19, relatou a parente. "Ela vem tendo febre e dores no corpo e cansaço. Quando ela chegou no Recife, foi direto pro hospital. Não consegui nem ver ela e nem falar com ela. O primeiro sintoma foi febre”, declarou a filha da mulher.

Ela foi encaminhada ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. A unidade é referência na área de infectologia, segundo o protocolo implantado no estado.
"A gente precisa passar a mensagem de tranquilidade para a população. O número de casos suspeitos vai tender a aumentar com a expansão do diagnóstico, das situações de possível diagnóstico. O número de brasileiros que circulam na Europa é bem maior que os que circulam na China. E a gente precisa estar preparado para dar as respostas adequadas, como estamos dando", disse o secretário estadual.

Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo [esquerda]; médico Demétrius Montenegro [centro] e George Dimech, responsável pela Vigilância em Saúde do estado, durante coletiva — Foto: Pedro Alves/G1



EXAMES 

A paciente foi analisada pelo médico Demétrius Montenegro, chefe do Serviço de Infectologia e responsável no HUOC para situações relacionadas a coronavírus. “Ela vinha apresentando caso de febre e dor de garganta. Clinicamente ela está muito bem, se não fosse a questão de contingência e por ela vir de uma nova área incluída como caso suspeito, ela precisa ficar hospitalizada até concluir a investigação”, disse.

Ainda segundo o infectologista, a mulher apresentou sintomas semelhantes a outros vírus com sintomas respiratórios. Entretanto, durante o exame desta terça, ela não relatou febre.

“Os sintomas são muito semelhantes [a uma gripe] e o que faz a diferencia, agora, é a proveniência. Se fosse uma semana atrás, a mulher não se enquadraria como caso suspeito. Ela chegou hoje ao Brasil e ontem [segunda] a OMS incluiu a Itália e outros países como casos suspeitos”, explicou.

Foram coletados materiais da paciente para que sejam feitas análises no Laboratório Central de Pernambuco (Lacen), que vai analisar se se trata de uma Influenza. Se for negativo, o material será encaminhado para São Paulo, responsável pelo exame para coronavírus. O prazo necessário para o processo é de, no máximo, 72 horas.

Segundo George Dimech, diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde do estado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agiu para que a mulher sequer saísse do avião sem isolamento, para impedir que ela pudesse transmitir o vírus. “Ela é um caso suspeito, não é confirmado, como tivemos outros 55. A partir da notificação, a Anvisa fez com que ela não circulasse em território pernambucano. Ela saiu da pista do avião para o isolamento. Não há possibilidade de ela ter transmitido para ninguém”, afirmou.




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