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TRADIÇÃO: Festa do vaqueiro acontece desde 1970.

Tradicionalmente como acontece todos os anos, desde 1970, a Missa do Vaqueiro será realizada neste domingo no município de Serrita, no Sertão pernambucano. São 46 anos de história, reunindo em romaria vaqueiros de toda região do nordeste. Idealizada para homenagear o vaqueiro Raimundo Jacó, primo do cantor Luiz Gonzaga, assassinado em 1954, o evento começa hoje. Além da missa, a festa conta com programação de shows, apresentações culturais, vaquejada e pega de boi. A celebração religiosa tem início a partir das 10h do domingo, no Parque Estadual João Câncio, no Sítio Lages, no povoado de Ipueira, zona rural de Serrita. A missa já faz parte do calendário de grandes eventos do estado.

Este ano, os organizadores estimam que mais de 70 mil pessoas frequentem o evento nos quatro dias. Já durante a missa são esperados uma média de 800 a mil vaqueiros, que seguem em romarias. “São comitivas que vêm de várias cidades da região e também de outros estados como a Bahia e do Ceará”, comentou o secretário de Turismo de Serrita, Tiago Câncio. A celebração é semelhante aos rituais da Igreja Católica, mas com toque diferenciado que transforma a missa em um espetáculo.

A missa será celebrada pelo bispo dom Magnus Henrique Lopes, da diocese de Salgueiro. A festa tem início com uma procissão de mil vaqueiros a cavalo, que levam oferendas como chapéu de couro, chicotes e berrantes à Raimundo Jacó. Durante a comunhão, vaqueiros fazem fila montados em seus cavalos e recebem uma mistura de farinha de mandioca, rapadura e queijo ao invés da hóstia. Os trabalhadores da Caatinga também agradecem pelas graças alcançadas, pedem proteção e levam objetos do cotidiano para serem abençoados. A missa é toda acompanha por músicas entre elas a Morte do Vaqueiro, composição criada por Luiz Gonzaga em 1963 como forma de protesto pela morte do primo, crime que até então não solucionado.

Desde 2001, o evento é organizado pela Fundação Padre João Câncio, em parceria com o município de Serrita e o Governo do Estado, por meio da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) e Fundação de Cultura de Pernambuco (Fundarpe). Em 2008, ganhou o prêmio Rodrigo de Melo, premiação concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aos melhores projetos de preservação do patrimônio. “Trabalhamos o ano inteiro em Serrita para manter a classe unida e por meio de programas sociais e de confecção de peças de artesanato e de roupas, criadas com o couro de bovinos, caprinos e ovinos, que são usadas na festa”, explicou a presidente da Fundação João Câncio, Helena Câncio, viúva do Padre João Câncio, um dos criadores da Missa do Vaqueiro.

Da Central de Jornalismo do Blog Coisa Nossa.
Com informações do Diario de Pernambuco.

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